Dado o enorme aumento de
ofertas de serviços de psicoterapia à distância
(vídeo-conferência, online - através de messenger, skype, etc -por
telefone) e apesar dos alertas de diversas sociedades científicas e
especialistas para as limitações , e fraudes (ofertas de serviços
por parte de profissionais não qualificados), um estudo recente ,
levado a cabo por investigadores da Universidade de Cambridge e do
National Institute for Health Research, que envolveu uma amostra de
39000 pacientes, vem agora, mostrar algumas das vantagens da
flexibilização do ''setting'' terapêutico, concluindo que , à
excepção de um número limitado de casos de doença mental severa,
a psicoterapia face-a-face é tão eficaz quanto a oferecida por
telefone, sendo que esta modalidade à distância permite, ainda,
uma redução de cerca de 32% no custo de cada sessão terapêutica,
e um maior acesso da população (cuja deslocação aos consultórios
serviços de saúde pode ser dificultada pela ausência de meios de
transporte, necessidades especiais , ou dificuldades na conciliação
de horários profissionais, etc) à ajuda
psicológica/psicoterapêutica.
Contudo, e apesar das
enumeradas vantagens desta modalidade, nomeadamente o maior acesso da
generalidade da população aos cuidados de saúde mental, há que
atentar no facto de nem todos os modelos terapêuticos se adaptarem a
terapias/aconselhamentos telefónicos.
Com efeito, apenas o modelo
cognitivo-comportamental foi desta feita testado, e o programa
britânico em questão - IAPT (Improving Access to Psychological
Therapies)- para além de garantir a formação de técnicos de
saúde nesta modalidade de atendimento, que deverão seguir
procedimentos estandardizados, dirige-se especialmente a pessoas
que apresentem sintomatologias depressiva (ligeira ou moderada) e/ou
ansiosa.
http://www.cam.ac.uk/research/news/therapy-over-the-phone-as-effective-as-face-to-face/